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17/02/2015

POLITICA DO PAO E CIRCO – ROMA ANTIGA

A final o que é isso? Na Roma antiga, a população passou por um grande surto de fome, Roma era composta por uma pequena porcentagem de pessoas que eram consideradas ricas, o seu maior contingente populacional era formado por pessoas pobres e miseráveis. O governo temendo manifestações populares por motivo da falta de comida para alimentar a população criou um programa social chamado Pão e Circo.
Como funcionava o programa? As pessoas pobres eram cadastradas para receber alimentos gratuitamente ou com preço muito baixo, os produtos oferecidos era trigo e vinagre, em alguns momentos quando a entrega do produto atrasava a população se revoltava, e para conter a euforia das multidões os políticos promoviam eventos esportivos.
Os eventos eram de caráter violento, e geralmente aconteciam em circos e no coliseu, mesmo com a situação caótica que se encontravam a população de Roma, eles adoravam festas, que em muitas vezes era corrida de carruagem com um ou dois cavalos, desfile do exercito romano ou lutas de gladiadores que travavam duelos até a morte.
Com isso o governo conseguia enganar a população, e mudava o foco das pessoas em relação aos movimentos em busca de alimentos, acompanhados de diversão e pão que era distribuído nas arenas o povo iam ao delírio enquanto isso os poderosos ganhavam tempo para encontrarem outras saídas.
E no Brasil será que temos programas sociais semelhantes ao pão e circo de Roma? Se for sim sua resposta, acertou.. Temos vários, o bolsa família é um deles, o governo federal distribui uma esmola para o povo pobre, e todos calam, talvez não exista reação por parte da população porque se com essa esmola esta ruim, pior sem ela.
O vale bucho é outro programa social do governo federal que incentiva as pessoas a terem filhos para receber o beneficio. Para muitos o programa vale bucho é um incentivo do governo para o crescimento populacional, muito pelo contrario esse programa se caracteriza compra de voto. Com programa ou sem programa o crescimento demográfico das regiões beneficiadas com o vale bucho só tem a crescer regiões norte e nordeste.
Por: Antonio Ananias de Sousa
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Postagem Teste de Autores

Quando falas porque vivo sorrindo
Também falas por que vivo cantando
Se a vida é bela e esse mundo é lindo
Não há razão para viver chorando
Cantar é sempre o que a fazer eu ando
Sorrir é sempre o meu prazer infindo
Se canto e rio é porque vivo amando
E se amo e canto é porque vivo
Se um pranto morre quando nasce um canto
Eu canto e rio pra matar o pranto
E gosto muito de quem canta e ri
Logo bem vês por esses olhos meus
Que quando canto estou pensando em Deus
E quando rio estou pensando em ti
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Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....

29/01/2015

Família: Agente de Mudança no Comportamento Infantil


FAMÍLIA: AGENTE DE MUDANÇA NO COMPORTAMENTO INFANTIL


A família é o contexto social mais importante para o desenvolvimento do ser humano, seja ele social, psicológico ou cultural. Cabe aos pais educar seus filhos, torná-los competentes para que possam adaptar-se ao contexto social.
Os problemas de comportamento vêm a ser expostos com a introdução da criança no ambiente escolar, um dos primeiros ambientes de sociabilidade da criança. Porem a escola sem o engajamento da família não é capaz de modificar estes comportamentos desadaptativos.





Bolsoni-Silva (2003), afirma que “A forma como os pais interagem e educam seus filhos é crucial à promoção de comportamentos socialmente adequados ou de comportamentos considerados, pelos pais e/ou professores, como inadequados, os quais são entendidos como “déficits ou excedentes comportamentais que prejudicam a interação da criança com pares e adultos de sua convivência”
As famílias acabam estimulando comportamentos inadequados sem ter noção desta atitude, seja por meio de disciplina inconsistente, pouca interação positiva, pouco monitoramento, ou supervisão insuficiente das atividades da criança bem como as relações deterioradas dentro da família que acabam delegando o ato de educar exclusivamente a escola.
Uma das estratégias para auxiliar a criança na modificação do comportamento problema é a orientação a pais, que auxilia nas relações estabelecidas entre estes e seus filhos, reduzindo os problemas. O treinamento é uma alternativa de grande eficácia, reforça o comportamento pró-social e elimina o comportamento desadaptativo.  Os pais devem ter competências para manipular as contingências e assim modificar o comportamento dos filhos, prevenindo o comportamento problema no espaço-temporal, momento preciso no qual ele se produz. E também perceber o quanto reforçam ou mantém no dia a dia estas atitudes. (Mendez; Olivares & Ros: 2009)
O desafio da atualidade, é auxiliar a família a tornar-se agente de mudança do comportamento infantil, pois a escola sozinha não é capaz de sanar estas dificuldades. Tem-se percebido que as disfunções iniciam-se na infância e nesta fase os pais são responsáveis, pelo desenvolvimento ou manutenção de padrões de interação familiar perturbadores e de problemas de comportamento apresentado pelos filhos. (Marinho, 2005)
A tendência atual de educar com uma postura demasiadamente liberal, com culpa ao impor limites, tem gerado os problemas de comportamento. Logo os pais precisam readquirir coragem e autoconfiança para chegar ao meio-termo na relação com seus filhos, e a conquistar uma relação baseada no respeito mútuo, no diálogo e na franqueza.
 O comportamento de uma criança e as reações dos pais a ele, nem sempre está sob controle consciente, os pais respondem com base em suas experiências pessoais de vida, cabe aos pais buscar auxilio para perceber este fato e aumentar o senso de competência, domínio e auto-estima que destinam.
Chazan & Kernberg (1992) citam duas dificuldades que prejudicam o funcionamento parental e criam os problemas de comportamento nas crianças: a falta de especificidade e de individuação. Se faltar especificidade não há como afinar o temperamento do filho ao dos pais, logo não há como focalizar nas mensagens comunicadas por este. Se faltar individuação não consegue perceber a criança como um ser independente, separado de suas necessidades.
Winnicott  descreve o genitor suficientemente bom como aquele que oferece a criança oportunidades para que experiencie sentimentos de raiva, agressividade e magoa dentro dos limites de um relacionamento que garanta segurança física e emocional para que ela aprenda a suportar um mundo que não é perfeito. Um relacionamento seguro deve combinar carinho, firmeza e consistência. Dar carinho como recompensa de um bom comportamento para que não seja necessário que o filho use do comportamento negativo para obter atenção. Ser firme significa ausência de ambiguidade entre os pais, os limites e as consequências de excedê-los devem ser explicados de antemão para na hora que seja necessário aplicá-lo, seja feito de forma não ameaçadora, mas esclarecedora. A consistência atua como base segura para o comportamento da criança que internalizará como parte de seu repertório pessoal com a regularidade de resposta dos pais a seus comportamentos.
‘Se tivéssemos que apostar na loteria quanto ao resultado do tratamento de uma criança com comportamento-problema e tivéssemos que basear a nossa aposta em apenas um item, o melhor seria simplesmente investigar o modo como os pais se comportam em relação ao filho e as atitudes que mantém face a ele.’ Está e a conclusão do trabalho de Witmer e seus colaboradores, grupo responsável por uma pesquisa com 197 casos de crianças com comportamento-problema.
O modelo teórico de Baumrind (1966) sobre os tipos de controle parental serve como base para um novo conceito de estilos parentais que integra aspectos emocionais e comportamentais. Ele propõe que o controle parental autoritativo é mais efetivo que o autoritário e o permissivo. Isso foi comprovado em pesquisas, às crianças educadas por este modelo diferiam no grau de competência social, maior assertividade, maior maturidade, conduta independente e empreendedora, responsabilidade social.  Os pais autoritativos são aqueles que tentam direcionar as atividades de suas crianças de maneira racional e orientada; incentivam o diálogo, compartilhando com a criança o raciocínio por detrás da forma como eles agem, solicitam suas objeções quando ela se recusa a concordar; exercem firme controle nos pontos de divergência, colocando sua perspectiva de adulto, sem restringir a criança, reconhecendo que esta possui interesses próprios e maneiras particulares; não baseiam suas decisões em consensos ou no desejo da criança. Os pais autoritários modelam, controlam e avaliam o comportamento da criança de acordo com regras de conduta estabelecidas e normalmente absolutas; estimam a obediência como uma virtude e são a favor de medidas punitivas para lidar com aspectos da criança que entram em conflito com o que eles pensam ser certo. Já os pais permissivos tentam se comportar de maneira não-punitiva e receptiva diante dos desejos e ações da criança; apresentam-se para ela como um recurso para realização de seus desejos e não como um modelo, nem como um agente responsável por moldar ou direcionar seu comportamento. Que pode ser do estilo indulgente ou estilo negligente.
Uma das intervenções efetivas para resolver as dificuldades com as crianças que possuem comportamento-problema, seria munir aos pais com conhecimentos específicos e habilidades que lhes permitam promover o desenvolvimento e a competência de suas crianças. Um trabalho de orientação para pais originaria um aumento da coesão familiar e afetaria as gerações futuras. As práticas educativas eficazes para criar e manter um repertório de comportamentos adequados, desenvolver habilidades sociais e manter uma dinâmica familiar com muito afeto positivo e comprometimento deve ser a base deste treinamento. (Weber & colaboradores,2004)
É cada vez mais reconhecido o papel de um repertório elaborado de habilidades sociais dos pais como base para uma atuação educacional efetiva junto aos filhos.
Quando questionados, os pais queixam-se de que os filhos não obedecem às ordens dadas por eles, o que pode ser reflexo das dificuldades que estes apresentam em estabelecer limites aos comportamentos dos filhos. Esta situação possivelmente está relacionada com a dificuldade de comunicação também relatada pelos cuidadores, pois, como afirmam Bolsoni-Silva e Marturano (2002), essa habilidade possibilita o estabelecimento de limites, favorecendo uma interação social positiva com o filho.
O presente artigo refere que, ao expressar sentimentos negativos de modo não habilidoso, os pais são modelo para que as crianças reajam de modo semelhante, apresentando comportamentos não habilidosos ativos, tais como agressividade, gritar, bater e espernear. Logo a hipótese de haver relação entre as variáveis: repertório comportamental de pais e problemas de comportamento dos filhos, nas pesquisas analisadas se confirma.
Cabe aos pais aceitarem este compromisso, ser pai e mãe é uma das tarefas mais gratificantes e também uma das mais difíceis. Educar filhos requer habilidades que podem ser adquiridas e aprimoradas e a orientação a pais é um dos meios para educar. Mas é necessário haver interesse dos pais em aceitar esta missão e não simplesmente culpar a escola e a sociedade por um papel que cabe a família exercer.
Artigo escrito pelas professoras Dabda Tais Borba, Andréia Ramos dos Reis e Claudia Jarré Prestes da Escola Municipal de Educação Infantil 

Amor Perfeito de São Marcos- RS


MILÃO, TRADIÇÃO E MODERNIDADE



Quando se pensa em Milão, logo vem em mente palavras como moda, design, elegância! Milão é uma das cidades mais famosas da Itália e uma das metrópoles mais modernas da Europa, conhecida mundialmente como capital da moda, do design e de negócios, o coração financeira da Itália. A cidade, no norte da Itália, oferece tudo isso, numa atmosfera única e internacional, onde milhares de pessoas convivem diariamente, vindas de todos os cantos do mundo, mas também das outras regiões da Itália, principalmente do sul.
Mesmo sendo uma cidade de tendência, moderna e cosmopolita, Milão ainda preserva o seu caráter de cidade histórica e com fortes tradições, com seus palácios suntuosos, igrejas, monumentos históricos, teatros, ruelas românticas, restaurantes peculiares e um dialeto que ainda resiste na voz dos moradores mais antigos. Milão é a cidade de personagens ilustres, como o grande compositor Giuseppe Verdi,  pessoas que fizeram história não somente na Itália, mas em todo o mundo.
Milão é assim, uma cidade cosmopolita e tradicional ao mesmo tempo, moderna e antiga, metrópole onde convivem harmoniosamente, criatividade e novas tendências com a verdadeira tradição italiana.
Milão = Milano
Tradição = Tradizione
Modernidade = Modernità
Antiga = Antica
Cidade = Città
Elegância = Eleganza
Tendência = Tendenza
Cosmopolita = Cosmopolita
Metrópole = Metropoli
Criatividade = Creatività
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INCLUSÃO SOCIAL E DISLEXIA



Com essa pesquisa pretendemos mostrar oquanto a inclusão social é importante na vida.
No entanto acreditamos que se ele não for incluso ele jamais se desenvolvera dentro dos padrões sociais que exigem dentro de cada um de nós uma atitude de cidadania.
Na exclusão socio cultural verificamos verificamos um grande números de pessoas que poderiam receber tratamento,como é o caso dos da Dislexia, que afasta tanto a criança do mundo do saber,impedindo seu crescimento intelectual e profissional,deixando às margens do pleno desenvolvimento cultural.
E assim nessa pesquisa pretendemos mostrar que os dislexico tem cura e merece ser incluso no mundo do saber e ter todos os direitos de um cidadão comum.

FAMÍLIAS QUE COLONIZARAM O ALTO SERTÃO DE PERNAMBUCO





As 50 Famílias do Sertão de Pernambuco


Para tratar das famílias que colonizaram o nordeste do Brasil é preciso que se reporte às ações anteriores ao descobrimento: expedições exploradoras, expedições aventureiras, expedições colonizadoras, capitanias hereditárias e implantação de governos gerais, bandeirantismo, sertanismo, período joanino, impérios e momentos em que, casualmente, algumas famílias portuguesas e de outras nações amigas já aportavam no Novo Mundo. Todos esses planos, de alguma forma vão repercutir na permanência das famílias e na formação de uma cultura mestiça, tendo em vista que os portugueses já encontraram muitos moradores, remanescentes de outras tentativas de ocupação com os quais tiveram que se relacionar. Nas expedições, o interesse era o reconhecimento da terra para posterior posse, ocasião em que os possíveis donos verificavam as possibilidades de enriquecer aqui, faziam levantamento do que existiam em termos de recursos naturais e marcaram territórios. Com o fracasso das capitanias hereditárias no Brasil, em que apenas as de Pernambuco e de São Paulo prosperaram, os portugueses começaram outros planos estratégicos para ocupar a terra "achada", e é aí que começa o processo concreto de ocupação: a colonização com os governos gerais, a partir da Bahia:

Aos bandeirantes do ciclo baiano deve-se à exploração e colonização do Nordeste. O São Francisco e grande parte dos territórios de Pernambuco, Piauí, Maranhão e Ceará, foram devassados pelos nossos intrépidos sertanistas. E, quase sempre, a iniciativa e êxito de tão grandes empresas levou-os a Casa da Torre, a mais audaz e poderosa do Brasil colonial. Os Avilas, além de se afoitarem, pessoalmente, ao mais longínquo sertão, ordenaram, sob a direção de subordinados seus, entradas de que resultariam excelentes descobertas. Muitos dos melhores bandeirantes do Sul, e outros do Norte, estiveram, ora sob o controle direto dos senhores da Torre, ora associados às expedições que estes organizaram. Acresce, para seu elogio, que os Avilas foram, antes do mais, criadores de gado, isto é, colonizadores e civilizadores por excelência. Abriram as melhores estradas do Norte. E é justo dizer-se que os seus currais tornaram-se, muitos deles, centros de capital importância econômica, sobretudo os que se disseminaram pelo S. Francisco, o rio que Capistrano chamou "condensador da população. ...". (Godofredo Filho)

Pode-se afirmar que foi esse o projeto português mais viável e bem sucedido que se conhece, em termos de organização, uma extensão descentralizada da corte, porém, totalmente vinculada aos seus interesses, por intermédio das bandeiras com apoio dos próprios brasileiros. E essa história de desbravamento do sertão começa com Francisco Garcia D? Ávila da Casa da Torre, que atuava na Bahia como um poderoso gerente imediato do Governo Geral de Tomé de Sousa. O Brasão da família, utilizado como passaporte revela a importância desse cavalheiro, mostrando na sua simbologia, seus objetivos, metas, motivos e finalidades do empreendimento em terras onde tudo estava por fazer. Em síntese, a figura do vigilante principal de uma fortaleza e de outros em plano inferior que indicavam existir algo precioso para cuidar; árvores, florestas e ramificações direcionam para o sem limite de abrangência de sua atuação no sertão, além das cores que se impõem representadas pelo preto, azul, verde e amarelo, significando a missão de administrar exércitos para desbravar o campo e descobrir os rios, em busca de riquezas que enobreçam a coroa.





A maioria das famílias que participou da colonização do nordeste do Brasil saiu de portos de Portugal, mesmo que muitas delas não tivessem origem portuguesa, como muitos querem. Algumas famílias dessa origem eram consideradas nobres, pois seus nomes estavam vinculados à dinastia detentora da monarquia e do domínio da terra, ou seja, tinham alcançado prêmios basões, armas e escudos por serviços prestados ao reinado português. Outras eram pertencentes a grupos invasores, religiosos rebeldes, catequizadores, cristãos novos e camponeses de diversos pontos da Ásia, África, Índia e da própria Europa os quais imigraram para Portugal e Espanha, buscando melhores condições de vida na terra prometida. Conforme cronistas e relatos sobre o Brasil colônia, poucas mulheres européias vieram nos primeiros momentos; os homens deixavam suas famílias na Europa e traziam consigo auxiliaries e parentes do gênero masculino. Alguma mulheres que vieram nas primeiras expedições eram dregredadas ou exiladas da corte portuguesa ou espanhola. O nome dessas famílias está quase sempre associado a uma origem toponímica, ou seja, a um ponto geográfico de onde saíram, isto não significando que sejam realmente originárias daquele lugar, uma vez que grande parte dos que imigravam eram degredados, religiosos, militares, pesquisadores. Muitos navios, barcos e caravelas cruzaram o Oceano Atlântico durante anos, trazendo famílias, à medida que a propaganda do progresso da nova terra chegava à Europa.

Segundo o historiador cearense Capistrano de Abreu (1976) em seu livro "Capítulos de História Colonial de 1500 a 1800", ao tratar da conquista do sertão nordestino, afirma que é comum se pensar nos paulistas quando se fala em bandeirantes e entradistas, mas foram muitos os bandeirantes do litoral do próprio nordeste que entraram no interior da Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará e Pernambuco, margeando o rio São Francisco, procurando índios para escravizar. Para ele, a colonização, a princípio,fez-se no litoral; porém, os primeiros colonizadores não deixaram de se meter pelo sertão, levados pela ambição por metais e pedras preciosas. Inicialmente, exploradores, despovoadores, porque não encontrando ouro, submetiam os índios e vendia-os como escravos. Algumas vilas que já tinham sido sede de capitanias no passado, e que não prosperaram, passaram a destacar-se como sesmarias para centros de povoação e de dispersão de colonos. 

A tendência dos povoadores que saíam do litoral de Pernambuco era o rio São Francisco, visando entrar no sertão para aos poucos se estabelecer com a cana de açúcar e rebanhos. Assim, pode-se dizer que foi do litoral que partiram as marchas para a colonização do interior. Também é possível afirmar que muitos colonizadores do sertão de Pernambuco foram bandeirantes, sertanistas ou descendentes de bandeirantes e sertanistas, militares armados para combater índios. No caso de Pernambuco, eram os índios carijó e cariri mais numerosos que viviam às margens do rio São Francisco e que ainda hoje sobrevivem com outras denominações, tais como: Truká, Pancararu Carijó, Tuxá, Cariri, Rodela e Crateú. 

Neste capítulo, apresenta-se a origem de cada família que participou da colonização do sertão de Pernambuco, com seu respectivo brasão e rápidas informações históricas dos sobrenomes. Entretanto, algumas famílias não apresentam escudo ou brasão de Portugal, como é o caso das famílias Agra, Alencar, Lustosa e Angelim, as quais tinham simbologias independentes, tanto por não ter origem portuguesa e por participarem da colonização por iniciativa própria, ou seja, tinham recursos próprios e não dependiam da coroa portuguesa para embarcar para o Brasil. Constata-se que, as famílias que aqui chegavam, precisavam apresentar símbolos das ocupações e documentos, comprovando ser católicos e estar a serviço da coroa portuguesa para ser bem atendidas na distribuição e arrendamento das terras pelos administradores reais, embora as famílias autônomas tivessem regalias e viessem com carta real de apresentação ou brasão e escudo de armas da Espanha ou da Itália.




Conforme dados extraídos de genealogias de portugueses no Brasil, é imensa a lista das principais famílias que, mesmo tendo entrado no Brasil, pelos mais diversos portos e pontos, chegaram ao nordeste no século XVI, primeiro no periodo das capitanias (de 1535 a 1549 ) para trabalhar, cumprindo sua missão de transmitir sua cultura, transferir suas memórias, preservar seus valores, reinventar sua história e construir uma nova identidade para si mesmo e para sua descendência, principalmente, no Alto Sertão de Pernambuco. Foram muitas as famílias que se formaram junto com o povoamento do sertão, oriundos de várias nacionalidades, tais como: espanhola, Africana, inglesa, francesa, holandesa e árabe, mas a maioria sendo de descendência portuguesa, cuja missão era cuidar da terra do reino e preservar a religião das suas famílias de origem e da monarquia. Entretanto, neste estudo estão elencadas apenas as 50 famílias que saíram de Portugal no period dos Governos Gerias, com a finalidade de ocupar as terras do sertão, entre essas as 38 famílias da Fazenda Panela D?Água descritas por Marlindo Pires (1994) em seu livro de Genealogia, mas que, de alguma forma entraram na região de Parnamirim, pelos seus principais patriarcas ou seus descendentes, seja pelo comércio nas feiras seja participando nos ofícios da religião ou criando gado, cuidando de roças e influenciando na política.

No Século XVII, os imigrantes mais tarde considerados pelos portugueses como exploradores ou invasores eram também arrendatários, com consentimento real, carta de autorização do Morgado, Quinta ou Aldeia por onde tenha vivido em Portugal e até brasões, armas e escudos, para chegar no Brasil colônia com moral e ser recebido com respeito. Há documentos nos museus de Salvador, Olinda e Recife que comprovam ter sido arrendadas muitas terras para os ingleses, franceses e holandeses no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão, para tal havendo acordos e pagamentos de um sexto da renda, tributo que deu nome às sesmarias. Consta em documentos que Nassau e outros estrangeiros, tais como italianos, alemães, austríacos e árabes conseguiram sesmarias tanto em Pernambuco e no Ceará quanto no Rio Grande do Norte e na Bahia, além de inicialmente ser hóspedes da Côrte e até ter sido apresentados aos brasileiros da aristocracia como pessoas nobres. 

No caso do conde holandês Maurício de Nassau, foi exibido pelo senado da monarquia como príncipe, título que ele nunca teve, isto porque estava no entusiasmo da amizade real. Os desentendimentos começam quando esses estrangeiros começam a influenciar os brasileiros a lutar contra a Monarquia, a rejeitar a religião tradicional e a censurar a escravatura, bem como o estímulo às campanhas contra os portugueses em relação à dominação indígena e monopólio da religião. Conta-se que para conseguir mais domínios, esses estrangeiros, depois de instalados, se aliavam aos indígenas e mestiços, sugerindo maneiras de lutar pela liberdade, a qual eles também não pensavam conceder. É possível que várias conquistas dos brasileiros em relação à liberdade política tenham se originado a partir daí, tanto pela ganância dos invasores quanto pelo monopólio dos colonizadores. 

Documentários e Registros de Imigrantes dão conta de colonizadores que se deslocaram de Portugal para o Brasil, a partir do século VXIII, aproximadamente em torno de 1730. As famílias inscritas eram cadastradas em grupos, de acordo com o porte dos navios para comportar todos os familiares e seguindo um procedimento de ocupação de área, por tipo de trabalho que sabia realizar, definindo as áreas de acordo com o clima, o qual deveria ser idêntico ao da região de onde viera. Um exemplo são as 38 famílias de origem portuguesa que ocuparam a área da Grande Fazenda Panela D?água, região entre chapadas do vale do rio São Francisco, além das famílias que aqui já estavam decorrentes das expedições anteriores, as quais já tinham experiências em seu local de origem com a agricultura de subsistência e pecuária bem como as que vieram de forma autônoma, sem subordinação à coroa. 

Com base em leituras sobre a procedência desses colonos, no seu local de origem essas famílias eram de pequenos agricultores das regiões das áreas montanhosas de Portugal e Espanha e camponeses de área ribeirinha, acostumados à pecuária e ao plantio e colheita em várzeas e margens de rios. Alguns historiadores contam que, na época, o Brasil estava dividido em Províncias do Norte, todo o norte e nordeste, com sede em Salvador, e Províncias do Sul , sudeste, sul e centro oeste, com sede no Rio de Janeiro. Assim, a capital que era na Bahia, ficava distante de qualquer ponto e o clima e a atividade que cada colono exercia no seu lugar de origem eram fatores determinantes para fixá-lo nas áreas para desenvolver suas atividades sem precisar de assistência. (Wilson Martins, História da Inteligência Brasileira).

Deste modo, quase todas as áreas que os colonos ocuparam no sertão de Pernambuco eram espaços das antigas sesmarias que, mais tarde foram doados aos bandeirantes, que por sua vez arrendavam aos sertanistas, com distâncias de léguas entre elas, onde devia figurar uma capela, a sede da fazenda, currais, açudes e áreas de plantações. A extensão de cada sesmaria era, mais precisamente, o que corresponde hoje aos territórios de cada município que existe hoje: Belém, Cabrobó, Floresta, Itacuruba, Mirandiba, Serra Talhada, Belmonte, Flores, Triunfo, Bodocó, Orocó, Ibó, Terra Nova, Parnamirim (antiga Leopoldina) Serrita, Salgueiro e Exu. 

Sobre as famílias da fazenda Panela D?Água, há o trabalho de genealogia de Marlindo Leite Pires, importante material de consulta para os que buscam saber mais sobre a história do Sertão de Pernambuco. Pires (1994) traz dados significativos sobre essas famílias e suas origens, as quais são elencadas em ordem alfabética, constando as 38 famílias que formavam a Fazenda Panela D?Água: Aguiar, Alencar, Almeida, Alves, Araújo, Barros, Brandão, Brito, Campos, Carvalho, Coelho, Cruz, Ferreira, Fernandes, Fonseca, Gomes, Gonçalves, Lima, Lira, Lustosa, Machado, Magalhães, Matos, Melo, Mendonça, Menezes, Medeiros, Miranda, Neves, Nogueira, Novais, Sá, Sampaio, Soares, Silva, Silveira, Torres, Uchôa.

Essas famílias foram se mesclando com algumas que já estavam, as quais se tornaram proprietárias de grandes fazendas remanescentes de antigas sesmarias de criação de gado e plantação de cana e algodão, muitos descendentes de donatários, de bandeirantes, de milícia portuguesa e de sertanistas, tais como: Andrade, Agra, Costa, Dias, Duarte, D?Ávila, Garcia, Lopes, Pereira, Pires, Rodrigues. Outras famílias que chegaram depois, provenientes já de outros estados do Brasil, de outras descendências, além da portuguesa, francesa, inglesa, holandesa, inglesa e árabe, principalmente do litoral, as quais vieram para se dedicar a serviços públicos na escrituração, na abertura de estradas e de açudes e atividades de iniciativa privada, na agricultura e no comércio de roupas, de gado e de terras: Albuquerque, Belfort, Cantarelli, Caribé, Cavalcanti, Candeia, Ferraz, Freire, Leal, Luz, Marques, Moura, Ramalho, Roriz, Silveira, Trapiá, Uchôa. Tendo em vista que a maioria dos colonizadores do sertão de Pernambuco era de origem portuguesa, muitos de outras origens assumiram um sobrenome português ou aportuguesaram seus nomes para facilitar a convivência, principalmente no caso dos estrangeiros aqui residentes considerados invasores; no caso de mestiços com índio ou negro, estes passaram a fazer parte do patrimônio das fazendas e tornaram-se Silva, Pereira, Carvalho, Almeida, Alencar e outros, geralmente com o consentimento dos senhores de engenho e coronéis. Também ocorrendo que alguns brasileiros de movimentos nativistas passaram a acrescentar ao seus nomes apelidos indígenas: Araripe, Jatobá, Cariri, Mororó, Moxotó,etc.

Entre as mais antigas do sertão pernambucano, principalmente as da região banhada pelo Rio Brígida, são consideradas as famílias Agra e Alencar, que figuram como as pioneiras na região, cujo objetivo era a ocupação das terras para cuidar das fazendas de gado que, mais tarde foram adquiridas por Martinho da Costa Agra, genro de Brígida de Alencar. Esse espaço aos poucos foi sendo naturalmente redistribuído; os herdeiros foram loteando e vendendo suas terras para outras famílias, vindas de outras cidades da circunvizinhança, de outros estados e de outras regiões, principalmente do Norte e de outros estados do próprio Nordeste. Assim, outros sobrenomes passaram a figurar nas relações de parentesco e de amizades das primeiras famílias, entre as quais, no caso das que vieram para o sertão, estão incluídas também as que formaram a cidade de Leopoldina, área que, atualmente, corresponde ao município de Parnamirim.

Neste capítulo são apresentadas as 50 famílias, em ordem de importância, de acordo com a época de chegada, conforme o porte e capacidade de cada frota, descendentes dos que vieram de Portugal com o compromisso de divulgar a religião, defender a monarquia, exercer o seu ofício de família, proteger as terras e riquezas de domínio real, além de lutar pela sobrevivência sem onerar para a Côrte. Estão incluídas nesse rol as 38 famílias da Fazenda Panela D?Água (ver Marlindo Pires) mais 12 famílias que embarcaram no mesmo período em Portugal com o mesmo objetivo. Algumas que tinham outras procedências e vinham para desenvolver outras habilidades específicas das necessidades da época, mas que não permanceram na região, não são estudadas aqui. Atividades esporádicas, tais como: mineração, marcenaria, ferragens, construção de casas e barcos, fabricação de tijolos e telhas, implementação da religião e dos bons costumes, irrigação e drenagem, fiação e fabricação têxtil, beneficiamento de grãos e plantio de cereais, criação de animais, extração de madeiras e ervas do sertão, além de conhecimentos de navegação, edificação de fortalezas e muros para treinamento de guerra e combate, essas famílias são mencionadas, mas não estão descritas, porque o objetivo do trabalho é enfatizar as que, de algum modo, contribuiram para a formação dessa região com a atividade pastoral e continuaram no sertão. Essas 50 famílias são pioneiras e responsáveis pela criação das cidades no interior de Pernambuco, principalmente do Alto Sertão do Cariri, passando pela região de Salgueiro até o Médio São Francisco, a partir da famílias Alencar, Agra, Araújo, Barros, Costa, Diniz, Freire, Lopes e Sá.



O RESGATE DA AUTORIDADE EM EDUCAÇÃO


O autor é professor de Filosofia na Universidade de Lyon, França, e escreve sua obra em três partes abordando o assunto “o resgate da autoridade em educação,” partindo entre outras, da premissa de que “a crise da autoridade é uma crise da humanidade. Sair da crise é sair da inumanidade,” (p. 9) abordando a partir daí a crise da autoridade vista através de várias lentes, ressaltando na primeira parte de sua obra, aspectos propedêuticos da autoridade e afirmando que a autoridade implica firmeza de interditos, pautados no respeito, e no reconhecimento de seu verdadeiro sentido, para assim alcançar uma autoridade de bons tratos.
A obra é dividida em três partes, sendo abordado na primeira parte o sentido da autoridade; na segunda parte o porquê de a autoridade educativa está em pane, e na terceira parte o autor elenca algumas questões principiológicas, que nos dão elementos para alcançarmos, segundo ele, uma autoridade de bons tratos.
O autor nos apresenta a autoridade numa perspectiva etimológica na primeira parte de sua obra, deixam claro que autoridade (do latim auctoritate), como autorização, vem do verbo augere, que significa aumentar. Logo, quem tem autoridade, tem o direito ou o poder de mandar, ou de autorizar a: existir; crescer; aprender; ser reconhecido e respeitado em sua dignidade humana; criar; amar, e até a se enganar! Quem tem autoridade, portanto, deve abrir os horizontes e não fechá-los, no sentido freudiano de que a autoridade é um ato de confiança na humanidade e no outro.
Ainda sobre o sentido etimológico da palavra autoridade, este não deve ser visto apenas no seu aspecto negativo, enquanto: de obrigação; proibição; superioridade; obediência, e poder, entre outros, pois, desta forma entenderíamos a autoridade apenas como a autoridade que reprime e destrói, razão porque o autor apresenta ainda nessa parte de sua obra a autoridade que destrói, como  sendo aquela proíbe, coíbe, e não permite sentir, pensar e existir por si mesmo, onde o corpo e as emoções da criança se projetam na repressão sofrida, ao mesmo tempo em que “[...] a autoestima e a autoconfiança [...], como a imagem do corpo se estrutura pela comunicação entre sujeitos, [...] se torna então o vestígio memorizado dia após dia do usufruto frustrado, reprimido ou proibido.” (p.17)
Em oposição à autoridade que destrói, o autor cita a autoridade que constrói como sendo a que revela o verdadeiro sentido da autoridade, induzindo à construção da autonomia por ser mais autorizativa, em que o aluno e/ou o filho não seriam mera projeção de um objeto de desejo de seus professores e/ou pais, mas sentiriam, pensariam e existiriam por si mesmos.
Quanto à necessidade e a função dos interditos, estes seriam proibições ou oposições de uma palavra a um ato, que deveriam ser estruturantes das liberdades a serem conquistadas pela criança, ao mesmo tempo em que deveriam recair sobre as ações e não sobre a pessoa, pois, pais e professores devem fazer o aprendente “tomar consciência do direito inalienável de existir e de ser respeitado como pessoa” (p. 55). Os interditos se remetem a um “nós” e não a uma criança em determinado, como excludentes de certas ações a todos proibidas, pois “saber dizer não a uma pessoa é respeitá-la, desde que se saiba dizer não ao que ela faz, sem dizer não ao que ela é: recusar uma conduta sem rejeitar a pessoa.” (p. 53)
Mais renomadamente o autor menciona como interdito, os simbólicos, da violência e do incesto, e os legais, que mesmo sendo prescrições dos grupos dominantes, devem ter cunho republicano.
Quanto ao contrato nas regras de convivência entre professor e aluno em sala de aula, a posição do professor deve ser a de garantidor da lei como também a de aplicador as normas decorrentes das decisões coletivas apuradas em sala de aula. As proibições nesse contexto são vistas como o antecedente lógico do aprender a autorizar.
Sobre a segunda parte da obra “porque a autoridade está em pane” o autor atribui tal ocorrência à existência atual de uma sociedade “adolescêntrica” (p. 69), em que não são mais os adultos os modelos de identificação ou de autoridade, e sim os adolescentes, jovens muitas vezes indisciplinados, imediatistas e em busca de uma satisfação pessoal, cujo grande desafio da escola e dos professores é o de reordenar o déficit de autoridade existente, para não ser coveiro dos sonhos das gerações futuras, neste caso sendo indispensável a boa gestão dos conflitos.
No âmbito familiar, profissional e educacional é mencionada existência de um adulto que pode apresentar-se como: captador; fusional; dogmático; indiferente, e adulto propriamente dito.
O adulto captador “acredita saber o que seu filho deseja ou teme e decide em seu lugar” (p. 76), fazendo o filho cativo de suas emoções; o fusional apresenta no relacionamento com os adolescentes, “cumplicidade recíproca na autoridade com fusão de papéis” (p. 78), este impede a criança de viver seu próprio mundo ao mesmo tempo em que deseja mergulhar no mundo adolescente por temer as intempéries do mundo adulto; o dogmático imagina que tem sempre a razão porque sabe o que é bom para a criança; o indiferente é aquele que não quer problemas e pouco se envolve, administrando as situações apenas como provedor e se contentando com o mínimo que cada um pode dar de si, inclusive ele; o adulto propriamente dito, que o autor chamou de adulto “adulto,” este seria aquele que assume a autoridade que constrói respeitando as fases de desenvolvimento da pessoa humana, no que Piaget chamou de fases psicogenéticas, numa esfera de empatia, e de escuta ativa das palavras da criança, “sem julgamentos irrefletidos, “sem críticas irônicas ou conselhos para endireitar.” (p. 25)
Enfim nesta relação de pane, a explosão da família nuclear também contribuiu para tal crise de autoridade, pois, muitas vezes na família monoparental o medo de pai ou mãe, de aplicar interditos, pode dar lugar ao instinto consumerista dos filhos, e como afirmou o autor que “o autoritarismo mortífero tem por simétrico a afetividade sufocante” (p. 27), o medo do autoritarismo por parte dos pais, dá lugar à confusão dos papéis na família e “o infantil reina cada vez com mais frequência em casa,” (p. 89) dando a permissão lugar à permissividade.
Afora o discurso entre permissão e permissividade, os papéis sociais da escola e do professor também se incluem entre os fatores apontados nessa crise de autoridade, ante as inovações que ocorrem nas escolas e à delegação do Estado de dar cada vez mais atribuições ao professor, que se sente no exercício de sua autoridade e de sua responsabilidade “[...] ao mesmo tempo juiz e parte, daí a importância do diálogo, da discussão argumentada, [...] de colegialidade de sabedoria,” como chamou o autor.
Ante a essa necessidade de diálogo entre as partes em crise, o autor chama atenção para “[...] a substituição do individualismo e da competição por um modelo de relação cooperativo [...]” (p. 131) onde, em suma, na atividade pedagógica, entre professor, saber e aluno, agregaria um quarto elemento, qual seja, o da parceria e “o triângulo didático [...], que correlaciona três pólos em interação no ato de ensino [...] abre-se, portanto para um [...] retângulo cooperativo.” (p. 137)
Na terceira parte da obra, “por uma autoridade dos bons tratos,” o autor apresenta a realidade dos maus-tratos consubstanciada em “tratamentos nocivos à saúde, violências físicas, assédio moral ou sexual, humilhações, exclusões, confinamento, escravidão, prostituição, etc.” (p. 139), ao mesmo tempo em que suscita que a autoridade que destrói deve dar lugar à autoridade que constrói “por meio de uma atitude educativa que respeita a pessoa da criança ou do adolescente (do adulto também), sem exercício de um poder destruidor, mas também sem tolerância cega.” (p. 139)
No desenvolver da terceira parte o autor chama atenção para a “cultura do instante” (p. 141) que deve dar lugar à cultura do projeto, inclusive ao projeto de vida.
Na primeira parte do livro, ao comentar sobre os interditos simbólicos, o autor comentou que “o retraimento identitário obedece a uma lógica da exclusão,” (p.59), numa metáfora em que deixou claro que a proibição do incesto deve estimular a troca, para evitar que as pessoas fiquem apenas dentro de si mesmas. Agora o autor esclarece que a cultura midiática associada ao “consumo de imagens não levanta somente um problema de influência e de fascínio, ele corta as asas da imaginação,” (p.142) de modo que a criança e o adolescente saem completamente de si, indo para o extremo oposto do ensimesmar-se, e não criam nem reproduzem projetos de vida para si, apenas vivem o hoje, o agora, se projetando em astros que a mídia lhes oferece, esquecendo-se até mesmo que envelhecem, de modo que tal imediatismo obscurece o que o jovem deve esperar de si e para si amanhã.
O autor ainda lança mão dos quatro modelos de autoridade, conforme sua legitimidade, segundo Max Weber, a saber: a autoridade tradicional que se fundamenta no caráter sagrado da tradição, a autoridade carismática pautada na afeição entre líder e liderados, a legal que a lei assim o fez, e a racional que emerge da eficácia do líder. Tais modelos nos inspiram a uma autoridade pautada no diálogo, na parceria e na ética.
Conclui-se assim a obra com a aspiração de que a ética da autoridade deve conduzir o caminho da construção pessoal, nos capacitando para viver e conviver “respeitando a Lei e aos valores fundadores de uma humanidade pacífica e sem exceção” (p.175), colocando-nos em lugar do outro (sim), não para sentir, pensar e existir pelo outro, mas, com os outros ou como se fôssemos o outro.
No mesmo diapasão, a conclusão pessoal da obra deixa claro que a sedução pelo ter parece ser e um liame de incompatibilidade entre aspirações e realidade e a não satisfação das necessidades materiais e mesmo das pós-materiais, parece ser a grande causa não só da crise de autoridade, mas um antecedente que compunge a sociedade ao conflito, e por outro lado a quem detém a autoridade, de ver-se em crise ante os conflitos gerados pelas frustrações e pela exclusão social. Associado a isso a autoridade que deve mediar à crise não se deve reduzir a preceitos, mas deve mediar pela palavra respaldada por exemplos, como princípios de ação concreta, que suscitem no liderado a autoridade do líder, capaz de “autorizar a ser, a crescer, a aprender, a se tornar uma pessoa responsável” (p. 185 – 186), numa perspectiva de alteridade.

[1] Mestre em Educação. Graduado em Ciências, Matemática, Bacharel em Direito e atualmente é Diretor do Centro de Ensino Fundamental 02 do Guará - Secretaria de Estado de Educação do DF - Brasil. Trabalha com  Educação, com ênfase em Educação Matemática, Mediação de Conflitos, e Direito. jose.santana@professor.unidesc.edu.br


Por que ter um Negócio Online?



Simplesmente porque um negócio online possui a capacidade de abrir muitas oportunidades a um custo relativamente pequeno, se comparado a um negócio tradicional!
A resposta acima é apenas um dos bons motivos para um empreendedor possuir um negócio online, seja ele qual for…
Por exemplo: imagine uma pequena loja física que vende livros, mesmo que esta loja esteja situada em um local privilegiado, no centro da cidade, dificilmente (para não dizer "muito dificilmente"…) teria centenas de potenciais clientes adentrando suas portas todos os dias… (quando digo centenas, imagino algo em torno de 1000 a 2000 pessoas, tendo em vista ser uma loja pequena).
Agora, um pequeno site (loja virtual) que vende livros, utilizando corretas técnicas deSEO, Web Marketing, E-mail Marketing e Publicidade Online, teria condições de alcançar este número de visitas diariamente (e dependendo de alguns outros fatores, até muito mais do que isso)… com custo relativamente baixo!

negocio-online
Percebeu a diferença?
Olhe as imagens acima… imagine uma fila de 1000 ou 2000 pessoas todos os dias na porta desta loja… é muito, mas muito difícil na prática (detesto dizer impossível…), concorda comigo?
Já, obter este número de visitas no site desta livraria, não seria assim tão difícil…
Então, esta é uma das principais razões para todo o empreendedor investir em um negócio online, mesmo que possua o seu negócio físico!
Porém, por incrível que pareça, existem muitos pequenos empreendedores que possuem seus negócios físicos, mas não tem seu negócio também online atuando em paralelo (eu conheço vários)!
A maioria por simples comodismo, falta de orientação e alguns até por "não gostar da Internet"…
Na realidade não estão perdendo, mas deixando de ganhar…
Isso está mudando a cada dia que passa, pois esses empresários estão sendo compelidos a implementar seus negócios também na forma online, principalmente pelo fato de seus concorrentes utilizarem esta modalidade!


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